Campeões do Brasileirão
1937: Atlético (Copa dos Campeões)
1959: Palmeiras (Taça Brasil)
1960: Santos (Taça Brasil)
1961: Santos (Taça Brasil)
1962: Santos (Taça Brasil)
1963: Santos (Taça Brasil)
1964: Santos (Taça Brasil)
1965: Santos (Taça Brasil)
1966: Cruzeiro (Taça Brasil)
1967: Palmeiras (Taça Brasil e Robertão)
1968: Botafogo (Taça Brasil) / Santos (Robertão)
1969: Palmeiras (Robertão)
1970: Fluminense (Robertão)
1971: Atlético (Campeonato Brasileiro)
1972: Palmeiras (Campeonato Brasileiro)
1973: Palmeiras (Campeonato Brasileiro)
1974: Vasco (Campeonato Brasileiro)
1975: Internacional (Campeonato Brasileiro)
1976: Internacional (Campeonato Brasileiro)
1977: São Paulo (Campeonato Brasileiro)
1978: Guarani (Campeonato Brasileiro)
1979: Internacional (Campeonato Brasileiro)
1980: Flamengo (Campeonato Brasileiro)
1981: Grêmio (Campeonato Brasileiro)
1982: Flamengo (Campeonato Brasileiro)
1983: Flamengo (Campeonato Brasileiro)
1984: Fluminense (Campeonato Brasileiro)
1985: Coritiba (Campeonato Brasileiro)
1986: São Paulo (Campeonato Brasileiro)
1987: Sport (Campeonato Brasileiro)
1988: Bahia (Copa União)
1989: Vasco (Campeonato Brasileiro)
1990: Corinthians (Campeonato Brasileiro)
1991: São Paulo (Campeonato Brasileiro)
1992: Flamengo (Campeonato Brasileiro)
1993: Palmeiras (Campeonato Brasileiro)
1994: Palmeiras (Campeonato Brasileiro)
1995: Botafogo (Campeonato Brasileiro)
1996: Grêmio (Campeonato Brasileiro)
1997: Vasco (Campeonato Brasileiro)
1998: Corinthians (Campeonato Brasileiro)
1999: Corinthians (Campeonato Brasileiro)
2000: Vasco (Copa João Havelange)
2001: Athletico-PR (Campeonato Brasileiro)
2002: Santos (Campeonato Brasileiro)
2003: Cruzeiro (Campeonato Brasileiro)
2004: Santos (Campeonato Brasileiro)
2005: Corinthians (Campeonato Brasileiro)
2006: São Paulo (Campeonato Brasileiro)
2007: São Paulo (Campeonato Brasileiro)
2008: São Paulo (Campeonato Brasileiro)
2009: Flamengo (Campeonato Brasileiro)
2010: Fluminense (Campeonato Brasileiro)
2011: Corinthians (Campeonato Brasileiro)
2012: Fluminense (Campeonato Brasileiro)
2013: Cruzeiro (Campeonato Brasileiro)
2014: Cruzeiro (Campeonato Brasileiro)
2015: Corinthians (Campeonato Brasileiro)
2016: Palmeiras (Campeonato Brasileiro)
2017: Corinthians (Campeonato Brasileiro)
2018: Palmeiras (Campeonato Brasileiro)
2019: Flamengo (Campeonato Brasileiro)
2020: Flamengo (Campeonato Brasileiro)
2021: Atlético (Campeonato Brasileiro)
2022: Palmeiras (Campeonato Brasileiro)
2023: Palmeiras (Campeonato Brasileiro)
O Campeonato Brasileiro, popularmente conhecido como Brasileirão, é o principal torneio de futebol do Brasil e um dos mais competitivos do mundo. Desde sua criação, em 1971, o campeonato se tornou palco de intensas rivalidades, jogos históricos e berço da craques inesquecíveis.
Antes da criação do Campeonato Brasileiro, os torneios de futebol no Brasil eram organizados regionalmente. A necessidade de um campeonato nacional surgiu no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, com a criação da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que reuniam clubes de diferentes estados. Em 1971, finalmente, foi realizado o primeiro Campeonato Brasileiro, unificando as competições regionais e estabelecendo um formato que daria início a uma nova era no futebol brasileiro.
O Brasileirão
Evolução dos Formatos
O Campeonato Brasileiro de Futebol, conhecido como Brasileirão, passou por diversas mudanças de formato desde sua criação em 1971, refletindo as transformações do futebol nacional e internacional ao longo das décadas. Essas mudanças foram impulsionadas por fatores como a expansão do futebol brasileiro, a necessidade de adaptar o calendário e a busca por maior competitividade e justiça na disputa.
Década de 1970 e 1980: Formatos Experimentais e Expansão
Nos primeiros anos do Brasileirão, o formato do campeonato era complexo e variável, com várias fases, incluindo grupos e eliminatórias. As edições de 1971 a 1974, por exemplo, tinham uma combinação de grupos regionais e nacionais, seguidos de um sistema de mata-mata para decidir o campeão. Em 1975, o campeonato passou por uma expansão significativa, aumentando o número de participantes para 42 clubes. Essa expansão foi motivada pelo desejo de incluir mais equipes de diferentes estados, refletindo a diversidade e o crescimento do futebol no Brasil.
A década de 1980 foi marcada por mais experimentações. Em algumas edições, como em 1984, o campeonato adotou um sistema misto, combinando pontos corridos na fase inicial com confrontos eliminatórios nas fases finais. Essa década também viu o aumento do número de clubes, o que trouxe desafios logísticos e financeiros para a organização do torneio.
Década de 1990: Consolidação e Controvérsias
Nos anos 1990, o Brasileirão passou por tentativas de consolidação e enfrentou várias controvérsias. Em 1993, o campeonato adotou um sistema de pontos corridos para definir os classificados para o mata-mata, uma tentativa de aumentar a competitividade e reduzir as injustiças percebidas nos formatos anteriores. Entretanto, essa década também ficou marcada por escândalos, como o "Caso Ivens Mendes" em 1997, que envolveu manipulação de resultados e abalou a credibilidade do torneio.
A edição de 1996 foi uma das mais polêmicas, com uma mudança abrupta de regulamento durante o campeonato, que acabou beneficiando o Grêmio, que se livrou do rebaixamento devido a uma manobra administrativa conhecida como "Virada de Mesa". Essas controvérsias reforçaram a necessidade de um formato mais estável e justo.
2003: A Era dos Pontos Corridos
A partir de 2003, o Brasileirão adotou definitivamente o sistema de pontos corridos, um marco na história do campeonato. Essa mudança foi motivada pela busca de um formato mais previsível, onde o campeão seria o clube mais regular ao longo de toda a competição, sem depender de jogos eliminatórios. O novo formato trouxe maior estabilidade ao campeonato, com cada equipe enfrentando todas as outras em jogos de ida e volta, e o clube com mais pontos ao final das 38 rodadas sendo declarado o campeão.
Esse modelo, inspirado nas principais ligas europeias, como a Premier League e a La Liga, também favoreceu uma organização mais profissional e aumentou o interesse de patrocinadores e da mídia. A era dos pontos corridos é vista como um período de modernização do futebol brasileiro, apesar de críticas de alguns torcedores que sentem falta da emoção dos mata-matas.
Robertão, Taça Brasil e Torneio de Campeões da FBF
Em dezembro de 2010, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou o reconhecimento da Taça Brasil (disputada entre 1959 e 1968) e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1968) como títulos equivalentes ao Campeonato Brasileiro. Essa decisão foi tomada em resposta a reivindicações de diversos clubes que haviam conquistado esses torneios antes da criação oficial do Brasileirão em 1971. Com essa unificação, clubes como Santos e Palmeiras tiveram seus títulos nacionais aumentados, reforçando suas posições históricas no futebol brasileiro.
Além disso, em 2023, a CBF reconheceu oficialmente o título do Atlético Mineiro de 1937 como o primeiro título brasileiro de clubes, referente ao Torneio dos Campeões da FBF (Federação Brasileira de Futebol), disputado por equipes campeãs regionais. Esse reconhecimento corrigiu uma lacuna histórica, dando ao Atlético-MG, naquele momento, seu segundo título nacional, ao lado do Brasileirão de 1971. Abaixo a lista de campeões brasileiros de cada ano, reconhecidos pela CBF.
Brasileirão no cenário internacional
Embora o Brasileirão seja uma competição nacional, sua influência ultrapassa fronteiras. O campeonato é considerado um dos mais competitivos do mundo, e muitos jogadores que brilham no Brasileirão, sejam eles brasileiros ou estrangeiros, acabam transferidos para clubes europeus ou até mesmo para o milhonário mercado Árabe. Em suma, uma vitrine que movimenta anualmente, centenas de milhares de dólares.
Outro ponto que chama a atenção, é a diferença econômica entre o Brasileirão e outras ligas sul-americanas, o que fica evidente nos salários pagos aos jogadores, nos valores de mercado das equipes, e na capacidade de manter jogadores jovens por mais tempo antes de serem vendidos para a Europa ou Ásia. Por exemplo, enquanto o mercado brasileiro atraiu jogadores renomados do exterior, muitos dos melhores talentos da Argentina, Uruguai e Chile migram cedo para ligas mais ricas em busca de melhores condições financeiras.
Essa disparidade também se reflete nas competições internacionais, como a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana, onde clubes brasileiros, com mais recursos, frequentemente se destacam, embora a tradição e a paixão nos países vizinhos garantam que as competições continuem a ser altamente disputadas.
Desafios e Perspectivas futuras
Um dos principais desafios do Brasileirão é a disparidade econômica entre os clubes. Enquanto alguns clubes como Flamengo, Palmeiras e Corinthians possuem orçamentos robustos, grandes estruturas e fortes fontes de receita, muitos outros enfrentam dificuldades financeiras significativas, com orçamentos muito menores e problemas de gestão. Essa desigualdade afeta diretamente a competitividade do campeonato, com os clubes mais ricos dominando as posições de destaque na tabela e nas competições continentais.
Para mitigar esse problema, a introdução de um sistema de fair play financeiro, semelhante ao adotado nas ligas europeias, tem sido discutida. Esse sistema visa impor regras claras sobre os gastos dos clubes em relação às suas receitas, promovendo uma gestão financeira mais equilibrada e impedindo que clubes gastem mais do que podem, o que poderia levar a endividamentos insustentáveis. No entanto, a implementação efetiva desse sistema no Brasil enfrenta desafios, incluindo a resistência de alguns clubes e a necessidade de um órgão regulador forte e independente.
Calendário e Carga de Jogos
O calendário do futebol brasileiro é outro desafio crucial. O Brasileirão é jogado simultaneamente com outros torneios, como os campeonatos estaduais, a Copa do Brasil e competições internacionais, o que resulta em uma carga de jogos excessiva para os clubes e jogadores. Esse calendário apertado pode levar ao desgaste físico dos atletas, aumento no número de lesões e queda na qualidade das partidas.
Infraestrutura e Modernização dos Estádios
Apesar dos investimentos significativos em infraestrutura, especialmente na preparação para a Copa do Mundo de 2014, muitos estádios brasileiros ainda precisam de modernização. Problemas como acessibilidade, segurança, conforto e tecnologia precisam ser resolvidos para atrair mais torcedores aos jogos e melhorar a experiência do público.
Além disso, a adoção de novas tecnologias, como o VAR (árbitro assistente de vídeo), trouxe tanto benefícios quanto desafios. Embora o VAR tenha sido implementado para reduzir erros de arbitragem e aumentar a justiça nas partidas, sua utilização ainda gera controvérsias e debates sobre a eficácia e a aplicação das regras. A CBF precisa continuar investindo em treinamento e infraestrutura tecnológica para garantir que o VAR seja uma ferramenta eficaz e justa.